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O milho foi domesticado pela primeira vez pelos povos nativos do sul do México há cerca de 10.000 anos. A primeira aparição do milho na história da agricultura europeia coincide com a descoberta da América, quando Cristóvão Colombo, ao retornar de sua primeira viagem, mencionou esse novo cereal referido pelos indígenas da ilha de Cuba como “Mahiz”. Desde sua introdução na Espanha em 1493, o milho se espalhou rapidamente para outros países europeus e, posteriormente, para a África e Ásia. Atualmente, o milho é um alimento básico em muitas regiões do mundo.
O milho (Zea mays) pertence à família das gramíneas. É uma espécie dotada de notável polimorfismo, especialmente no que diz respeito à forma e composição dos grãos. Com base nesse último aspecto, o milho cultivado pode ser dividido em 7 grupos: Zea mays indentata (milho dentado); Zea mays indurata (milho duro); Zea mays amilacea (milho mole ou farinha); Zea mays saccharata (milho doce); Zea mays everta (pipoca); Zea mays ceratina (milho ceroso); Zea mays tunicata (milho vagem). O tipo milho dentado é, de longe, o mais cultivado no mundo.
O milho é uma planta anual, com caule único, robusto, ereto e sólido. O ápice do caule termina na espiga, a inflorescência masculina; enquanto a inflorescência feminina é uma espiga colocada na axila das folhas. O milho, assim como todas as gramíneas, possui um sistema radicular fasciculado e, por isso, bastante superficial, embora possa atingir profundidades superiores a 2 metros.
As folhas longas e estreitas têm margens onduladas e estão dispostas alternadamente em lados opostos do caule. O grão de milho é um fruto indeiscente chamado caroço.
O ciclo de vida da planta de milho pode ser dividido em três fases distintas e bem diferenciadas:
Germinação e enraizamento das mudas: desde a germinação até o desenvolvimento de 5 a 6 folhas. Nesta fase, a muda cresce e se desenvolve graças às substâncias de reserva contidas na semente.
Crescimento vegetativo: do desenvolvimento de 5 a 6 folhas até a elongação do caule e emissão da espiga masculina (pendoa). Nesta fase, é extremamente importante evitar deficiências de água, nitrogênio e outros estresses ambientais que comprometam a produtividade.
Floração e maturação do grão: é a fase final do ciclo, na qual ocorre a fertilização e o acúmulo de substâncias de reserva nos grãos.
90% da produção de milho está concentrada no hemisfério norte, principalmente entre os paralelos 35º e 45º. Quanto mais ao norte, a temperatura geralmente é insuficiente; quanto mais ao sul, a água é o fator limitante. A temperatura ótima para o milho está entre 24 e 30 °C (75,2 – 86 °F). Temperaturas acima de 32–33 °C (89,6 – 91,4 °F) são sempre prejudiciais, e abaixo de 10 °C (50 °F) o desenvolvimento da planta para.
O milho prefere solos de textura média, profundos, bem drenados e ricos em matéria orgânica. O período de semeadura varia conforme a região, mas o fator que mais influencia a escolha do momento da semeadura é a temperatura do solo. De fato, o milho não germina abaixo de 10 °C (50 °F), germina lentamente a 12 °C (53,6 °F), enquanto a 15 °C (59 °F) a germinação é rápida, e a planta emerge do solo em cerca de 10 dias.
A adubação tem como objetivo satisfazer as necessidades nutricionais da cultura e evitar o empobrecimento da fertilidade do solo, sem, no entanto, causar excessos nocivos de nutrientes no ambiente, que poderiam provocar poluição e também prejuízos econômicos para o agricultor.
O milho é, notoriamente, uma cultura com alta capacidade produtiva e, portanto, com elevadas necessidades nutricionais. Os elementos nutritivos estão em grande parte presentes no solo, mas muitas vezes em quantidades insuficientes para as necessidades da cultura ou combinados em formas indisponíveis para a planta.
O nitrogênio é o nutriente mais importante para o resultado produtivo da cultura, e a necessidade da planta por N aumenta até o período pré-floração, que representa a fase mais crítica para esse elemento. Para o fósforo, a taxa de absorção ocorre quase em paralelo com o crescimento da planta, sendo os estágios iniciais de desenvolvimento os mais críticos. A absorção de potássio basicamente se encerra com a floração da planta ou logo após. Os demais elementos químicos essenciais, incluindo micronutrientes, geralmente estão presentes no solo em quantidades suficientes para o desenvolvimento e crescimento regular da planta, exceto o zinco, que deve ser fornecido na semeadura ou durante o crescimento vegetativo.
A cultura também se beneficia da aplicação de produtos com ação bioestimulante, baseados em micro-organismos benéficos e hidrolisados proteicos vegetais. Esses produtos são capazes de estimular a emergência e o desenvolvimento radicular nas fases iniciais do crescimento da muda, melhorar a disponibilidade de nutrientes no solo, aumentar a produtividade sob aspectos quantitativos e qualitativos, reduzir o impacto negativo dos estresses climáticos e aumentar a eficiência do uso dos nutrientes (NUE).
A aplicação de bioestimulantes contribui para a sustentabilidade ambiental e econômica do sistema produtivo.
Antes da semeadura
Semeadura
Emergência
3-4 folhas
5-8 folhas
